segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

@shibatiana

Esses dias, conversando com meu amigo @alucinomatto, me inspirei no texto de hoje. E o tema é bissexualidade. Não, o @alucinomatto não é bissexual, eu que sou. Saibam que dentre 189.953.000 brasileiros, uma parcela de 4% tem o dobro de chances de se interessarem assumidamente por homens e mulheres (vi isso em uma revista). Esse levantamento foi mapeado ano passado pela USP por meio do Mosaico Brasil, o maior já realizado sobre comportamento sexual no país. Os especialistas garantem que essa estatística recente não difere muito de outras coletadas no passado, embora se tenha a impressão de que na década que se encerra, a bissexualidade tenha recebido um tratamento de modinha (palhaçada, mas infelizmente acontece –‘). Não custa nada refrescar a memória e lembrar que em 2001 as meninas do T.A.T.U. roubaram a cena mais pelo comportamento do que pela performance artística. Elas trocavam beijos ardentes. Em 2003, foi a vez da Madonna beijar Britney Spears e Christina Aguilera no palco do VMA. A mamãe Angelina Jolie, era famosa por seus casos amorosos com boys&girls. Aháa, depois vieram Lindsay Lohan, Katty Perry, Megan Fox, Lady Gaga … Aqui em terras brasucas, a cantora Ana Carolina assumiu sua bissexualidade na capa de uma revista e Preta Gil já cansou de dizer que era total flex. Sabe que impressão que eu tenho? De que o número de bissexuais aumentou por que hoje as pessoas entendem melhor o que significa ser bi. Antigamente, quem sentia atração por ambos os sexos não sabia definir o que acontecia e se identificava por hetero ou homo. Na mesma matéria que eu li na revista, um professor de sexologia disse que a modernidade “valoriza muito mais o prazer do que as definições”, e eu concordo plenamente. Como disse ao Luciano, o que importa não é o sexo (homem ou mulher) e sim a atração. O que importa é GENTE, o resto vem depois. O mesmo professor também disse que “como existe um diálogo maior na sociedade sobre homossexualidade, fica mais fácil para as pessoas experimentarem. Antes elas tinham medo que isso implicasse em ser rotulado como gay”. Nisso, entra a questão: FALTA OU EXCESSO? Muitos dos bissexuais descobrem sua condição por causa da dificuldade em achar alguém pra chamar de seu. Bom, isso é muito pessoal. Aos 12 anos eu achava que era lésbica mas daí eu pensava: “como eu sou lésbica se gosto de um menino?”. Hoje, eu ainda não consegui decidir a preferência por um dos gêneros e nem ligo mais pra isso. Eu quero mais é ser feliz, independente do sexo da pessoa que esteja do meu lado (claro que quero fazer essa pessoa muuuuito feliz também *-*). Relações são complicadas pra todo mundo, não importa a opção sexual. Ahh, e parem de confundir bissexualidade com promiscuidade (não são todos, mas boa parte das pessoas comparam), pode-se sim ser bi e romântica (o), pode-se sim ter atração pelos dois sexos.

Bom, obrigada pela oportunidade. Beijos povo, até mais!

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4 comentários:

  1. adorei o texto, e o assunto! rs

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  2. Nossa sem palavras pra vc minha kerida ... t admiro muito mesmo ...

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  3. O texto ficou ótimo! Você soube se expressar bem e corretamente. Coisa que, hoje em dia, é muito raro!
    Parabéns mesmo! =)

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  4. Oieeee....olha eu aqui! ;) ♥ Bom fico muito feliz que o meu post http://quandoasborboletassecalam.blogspot.com/2010/01/ela-gosta-de-meninos-e-meninas.html tenha causado um grande #baffon no seu msn Lu...rs...é sempre válido discutirmos o assunto de forma aberta e sem preconceitos. Como escreveu a nossa querida @shibatiana ... o importante é amarmos as pessoas independente do gênero...mas o que me chamou mesmo a atenção, foi o tema promiscuidade...eu não gosto de pessoas promíscuas, sejam heteros, bissexuais ou homossexuais...acho que as pessoas precisam se conscientizar que o relacionamento sexual também deve ser levado a sério, independente dos laços amorosos...afinal o #HIV está aí...e precisamos nos cuidar a cada dia! Beijos pro cês! Ótimo artigo! beijinhusss da Mia @miapalenza

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